O processo de esportivização do futevôlei no Uruguai: a sistematização de uma prática “estrangeira”
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Resumo
Em um universo de constantes transformações na conceptualização e definição das práticas esportivas, este artigo visa analisar o processo de esportivização do futevôlei no Uruguai, observando as adaptações e reconfigurações que essa prática sofreu desde que saiu de seu país de origem, o Brasil. Para entender esse processo entre 2003 e 2018, utilizamos entrevistas com dois jogadores e notícias
publicadas no jornal El País. A análise mostra que a prática passou por um processo incompleto de esportivização. A princípio, o esporte se difundiu apenas nas regiões turísticas do país e no período de verão, mas a trajetória rumo à esportivização promoveu algumas mudanças. A primeira delas foi a expansão geográfica da prática, que se disseminou também no interior do país. Além disso,
foi observado que a criação de uma associação que serviu de suporte para a disseminação da prática facilitou a participação
internacional nas práticas profissionais. Porém, nessa trajetória, os próprios entrevistados apontam os limites da adesão local a uma prática que pretende ser global, principalmente relacionada à geografia uruguaia. Concluímos que os aspectos locais são importantes fatores limitantes nos processos de adesão esportiva em práticas que pretendem ser globais.
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