Silêncios e estouros, trocação e chão: uma etnografia na academia de MMA
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Este artigo é resultante de uma pesquisa de doutorado sobre a configuração esportiva das artes marciais mistas (MMA) na realidade brasileira. Nos aproximamos da proposta desenvolvida por Wacquant que, ao imergir como lutador de uma academia de boxe,
buscou descrever os processos de significação das rotinas de treino dos lutadores. O objetivo desse estudo é descrever as rotinas de treinamento em uma academia de MMA. Para tal, realizou-se uma etnografia em uma academia de MMA de setembro de 2014 e
outubro de 2015, imergindo como participante e lutador naquele grupo cultural. Apresentamos a rotina de treinos, as técnicas e os significados produzidos pelos lutadores no cotidiano de uma academia de MMA. A academia é um espaço da pedagogia da prática, onde os aprendizados são inculcados a partir da vivência cotidiana. Ao mesmo tempo que é uma modalidade individual, aprende-se a
luta MMA na ação e de forma coletiva.
Downloads
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
La cesión de derechos no exclusivos implica también la autorización por parte de los autores para que el trabajo sea alojado en los repositorios institucionales UNLP (Sedici y Memoria Académica) y difundido a través de las bases de datos que los editores consideren apropiadas para su indización, con miras a incrementar la visibilidad de la revista y sus autores.
Referências
Awi, F. (2012). Filho teu não foge à luta: como os lutadores brasileiros transformaram o MMA em um fenômeno mundial. Intrínseca.
Camilo, J. A. O. & Spink, M. J. P. (2019). Versões de atletas de Mixed Martial Arts nas fases de preparação para um combate. Psicologia & Sociedade, 31, e170235. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2019v31170235
Elias, N. (1994). O processo civilizador. Jorge Zahar.
Elias, N. (1997). Os alemães: a luta pelo poder e a evolução do habitus nos séculos XIX e XX. Jorge Zahar.
Fonseca, C. (2006). O exercício da antropologia: enfrentando os desafios da atualidade. En M. P. Grossi, A. Tassinari, C. Rial (Ed.), Ensino de Antropologia no Brasil: formação, práticas disciplinares e alémfronteiras (pp. 209-230). ABA/Nova Letra. Disponible en https://www.portal.abant.org.br/aba/files/CAP-40328211.pdf
Fonseca, C. (2007). O anonimato e o texto antropológico: dilemas éticos e políticos da etnografia ‘em casa’. Teoria e cultura, 2(1-2). Disponible en https://periodicos.ufjf.br/index.php/TeoriaeCultura/article/view/12109
Gaige, D. S. & Krischke-Leitao, D. (2022). MMA e a batalha de lives em tempos de pandemia. Revista Eco-Pós, 25(3), 40–62. https://doi.org/10.29146/eco-ps.v25i3.27934
Geertz, C. (2008). A interpretação das culturas. LTC.
Jardim, J. G. (2018). "It´s time"! MMA feminino, mercado da beleza e cis-heteronormatividade: uma etnografia multissituada com lutadoras brasileiras [Tese]. Faculdade de Filosofia e Ciências -Universidade Estadual Paulista. Disponible en https://repositorio.unesp.br/server/api/core/bitstreams/14f9698c-12d5-4cf6-8727-1be84787779e/content
Magnani, J. G. C. (2002). De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 17(49). https://doi.org/10.1590/S0102-69092002000200002
Mariante Neto, F. P. (2016). Jabs, diretos, low kicks e duble lags no processo civilizador: uma leitura elisiana das artes marciais mistas [Tese Doutorado em Ciências do Movimento Humano]. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponible en https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/153321/001015366.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Mariante Neto, F. P., Vasques, D. G. & Stigger, M. P. (2021a). “Se perder e der show, vai lutar de novo!” MMA e o conceito de esporte. Movimento, 27, e27030. https://doi.org/10.22456/19828918.108259
Mariante Neto, F. P., Vasques, D. G., & Stigger, M. P. (2021b). A construção televisiva do MMA: o programa TUF Brasil e o processo de humanização do lutador. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 43,e002820. https://doi.org/10.1590/rbce.43.e002820
Mariante Neto, F. P., Vasques, D. G. & Stigger, M. P. (2021c). A etiqueta da violência: mestre, irmãos de treino e família na equipe de MMA. Motrivivência, 33(64), e80367. https://doi.org/10.5007/2175-8042.2021.e80367
Nunes, C. R. F. (2004). Corpos na arena: um olhar etnográfico sobre a prática das artes marciais mistas [Dissertação Mestrado em Ciências do Movimento Humano]. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponible en https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/7823/000557772.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Oliveira, R. C. (1996). O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir e escrever. Revista de Antropologia – USP, 39(1), 17-36. https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.1996.111579
Silveira, I. C. (2011). A luta por uma identidade: uma etnografia sobre a subcultura de consumo de MMA [Dissertação Mestrado em Gestão Empresarial]. Fundação Getúlio Vargas. Disponible en https://repositorio.fgv.br/server/api/core/bitstreams/ce270c14-935b-48c9-8964-018e4bef1e52/content
Stigger, M. P. (2002). Esporte, lazer e estilos de vida: um estudo etnográfico. Autores Associados.
Thomazini, S. O., Moraes, C. E. A. & Almeida, F. Q. (2008). Controle de si, dor e representação feminina entre lutadores(as) de Mixed Martial Arts. Pensar a Prática, 11(3), 281. https://doi.org/10.5216/rpp.v11i3.4992
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. (2020). Guia para Integridade em Pesquisa Científica. Pró-Reitoria de Pesquisa.
Wacquant, L. (2002). Corpo e alma: notas etnográficas de um aprendiz de boxe. Relume Dumará.
Winkin, Y. (1998). Descer ao campo. En A nova comunicação. da teoria ao trabalho de campo (pp. 129-145). Papirus.