Jogo e lúdico no conteúdo lutas em aulas de educação física escolar
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
O trato pedagógico do conteúdo “lutas” ainda provoca dificuldades e tensões entre professores e alunos. Cabe questionar: quais as relações de sentido, mobilização e atividade dos alunos com os jogos de lutas? O objetivo do presente trabalho é discutir a influência de jogos nas relações de sentido e mobilização no conteúdo lutas na perspectiva dos estudantes. Trata-se de um estudo de caso com uma turma de 7 º ano do Ensino Fundamental. Os procedimentos metodológicos foram: (a) observação de aulas do conteúdo “Judô”; (b) entrevistas semiestruturadas com estudantes, antes e após a sequência de aulas. Na observação das aulas, verificou-se que a professora utilizou jogos de lutas, que se mostraram adequadas para minimizar sentimentos de medo, ansiedade e estresse relacionados ao machucar-se na realização da luta. Ademais, a diversão e a ludicidade proporcionada pelos jogos promoveram uma dissociação da luta com a violência e a briga. A imersão e o arrebatamento dos alunos nos jogos de lutas possibilitaram a suspensão de impressões iniciais (luta machuca, é violenta, etc.) estereotipadas em relação í s lutas, sobrepujando-os para o mundo de fantasias do jogo. Nesse sentido, os jogos de luta mostram-se essencial para o trabalho pedagógico do conteúdo lutas, sobretudo ao mobilizar a participação de alunos.
Downloads
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
La cesión de derechos no exclusivos implica también la autorización por parte de los autores para que el trabajo sea alojado en los repositorios institucionales UNLP (Sedici y Memoria Académica) y difundido a través de las bases de datos que los editores consideren apropiadas para su indización, con miras a incrementar la visibilidad de la revista y sus autores.
Referências
Alves-Mazzotti, A. J (1999). O método nas ciências sociais. In J. A. Alves-Mazzotti,& F. Gewandsznajder (Eds). O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. (2. ed, pp. 107-188). São Paulo: Pioneira.
Antunes, A. R. (2016). Mobilização, sentido(s) e aprendizagem em aulas de educação física no ensino médio: uma investigação sob as perspectivas da semiótica e da teoria da auto-organização (Tese de Doutorado). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, Brasil. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/146729
Beillerot, J (1989). Rapport au savoirí¢: origines et extension de la notion. In J. Beillerot et al (Eds). Savoir et rapport au savoir: elaborations théoriques et cliniques (pp. 165-202). Bégédis: Éditions Universitaires.
Betti, M. (1994). O que a semiótica inspira ao ensino da Educação Física. Discorpo, 3(1), 25-45. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/281407725_O_que_a_semiotica_inspira_ao_ensino_da_educacao_fisica
Betti, M., Maffei, W.S., So, M.R., & Ushinohama, T.Z. (2015). Os saberes da educação física na perspectiva de alunos do ensino fundamental: o que aprendem e o que gostariam de aprender. Revista Brasileira de Educação Física Escolar, 1(1), 155 – 165.
Buytendijk, F. J.J (1936). El juego y su significado. Madrid: Revista de Occidente.
Buytendijk, F. J. J. (1974). O jogo humano. In H. G. Gadamer & P. Vogler (Ed). Nova antropologia (pp. 63-87). São Paulo: EPU/Edusp.
Charlot, B. (2000). Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed.
Charlot, B. (2001). Os jovens e o saber. perspectivas mundiais. Porto Alegre: Artmed.
Emerique, P. S. (2004). Aprender e ensinar por meio lúdico. In G.M. Schwartz (Ed). Diní¢mica lúdica: Novos olhares (pp. 3-17). Baureri/SP: Manole.
Fink, E. (1966). Le jeu comme symbole du monde. Paris: Les editions de minuit.
Freire, P. (33 Ed.). (2006). Pedagogia da autonomia: saberes necessários í prática educativa. 33 ª ed. São Paulo: Paz e Terra.
Gadamer, H. (3 ª Ed) (1997) Verdade e método: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. 3 ª Ed. Petrópolis-RJ: Vozes.
Grillo, R. M. (2018). Mediação Semiótica e Jogo na perspectiva Histórico-Cultural em Educação Física escolar (Tese de doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Física, Campinas, Brasil. Disponível em http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/332964
Henriot, J. (1989). Sous couleur de jouers: La metaphore ludique. Paris: Ed. José Corti.
Huizinga, J. (1996) Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva.
Luckesi, C. (2014). Ludicidade e formação do educador. Revista Entreideias, 3(2), 13-23. doi: http://dx.doi.org/10.9771/2317-1219rf.v3i2.9168
Mosconi, N. (1989). La mixité dans l’enseignement secondaire: un faux-semblant?. Paris: PUF.
Nascimento, P. R. B. do & Almeida, L. (2007). A tematização das lutas na Educação Física escolar: restrições e possibilidades. Revista Movimento, 13(3), 91-110. doi: https://doi.org/10.22456/1982-8918.3567
Olivier, J. C. (2000). Das brigas aos jogos com regras: enfrentando a indisciplina na escola. Porto Alegre: Artmed.
Paes, R.R. (2010). Desenvolvimento das aulas de lutas: da compreensão teórica aos procedimentos práticos. In M. Breda et al (Eds). Pedagogia do esporte aplicada í s lutas (pp.49-70) São Paulo: Phorte.
Parlebas, P. (1990). Activités physiques et éducation motrice, Paris: EPS.
São Paulo (Estado), Secretaria da Educação. (2008). Proposta curricular do estado de São Paulo: educação física – ensino fundamental ciclo II e ensino médio. São Paulo: SEE.
Scheines, G. (1998). Juegos inocentes, juegos terribles. Buenos Aires: Eudeba.