A trajetória de vida do treinador de canoagem havaiana: desafios inerentes ao estabelecimento e desenvolvimento do campo de atuação profissional

##plugins.themes.bootstrap3.article.main##

Tayná Iha
Heitor de Andrade Rodrigues
Cindy Yissel Correa Tibocha
Denise Teresinha Almeida Marcon
Michel Milistetd

Resumo

O objetivo do presente estudo foi descrever as situações episódicas da trajetória de vida de um treinador de canoagem havaiana no seu desenvolvimento e no estabelecimento do seu campo de atuação. Foi realizada uma entrevista semiestruturada baseada em incidentes crí­ticos. A análise dos dados se deu pela espiral de Creswell e os resultados foram apresentados em vinhetas do tipo retrato. Identificou-se sete contextos com os episódios marcantes da sua trajetória, divididos nas vinhetas: infãncia, inserção na canoagem havaiana, trilhando por um novo caminho, a estruturação do clube, consequências do crescimento: positivas e negativas, busca constante por conhecimento e dias atuais. O desenvolvimento do treinador pareceu se dar pelas experiências ao longo da vida, iniciando por aquelas vivenciadas na infãncia. O curso de Educação Fí­sica, por sua vez, contribuiu para aprendizagem de conhecimentos interpessoais, necessários ao desenvolvimento da relação treinador-atleta. Já o estabelecimento do campo de atuação se deu por iniciativa própria, uma vez que a canoagem havaiana era emergente no Brasil e ainda não possuí­a um campo estabelecido.

Downloads

Não há dados estatísticos.

##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Como Citar
Iha, T., de Andrade Rodrigues, H., Correa Tibocha, C. Y., Almeida Marcon, D. T., & Milistetd, M. (2020). A trajetória de vida do treinador de canoagem havaiana: desafios inerentes ao estabelecimento e desenvolvimento do campo de atuação profissional. Educación Física Y Ciencia, 22(2), e124. https://doi.org/10.24215/23142561e124
Secção
Artigos
Biografias Autor

Tayná Iha, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduada em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Membro do Núcleo de Pesquisa em Pedagogia do Esporte (NuPPE). Aluna de mestrado na área de Teoria e Prática Pedagógica em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Física (PPGEF) da UFSC.

Heitor de Andrade Rodrigues, Universidade Federal de Goiás

Professor Adjunto da Universidade Federal de Goiás (UFG/Goiânia). Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (UFG). Graduado em Educação Física (UNESP - Rio Claro). Especialista em Pedagogia de Ensino e Treinamento dos Jogos Desportivos Coletivos (UGF). Mestre em Ciências da Motricidade (UNESP - Rio Claro). Doutor em Educação Física (UNICAMP - Campinas). 

Cindy Yissel Correa Tibocha, Universidad Externado de Colombia

Possui graduação em Administração de Empresas pela Universidad Externado de Colombia (2012). Atualmente é Assistente Pessoal para Gerente Geral da América do Sul - KAROON PETRÓLEO & GÁS LTDA. Tem experiência na área de Administração de Empresas.

Denise Teresinha Almeida Marcon, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduada em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (1987) e pós-graduada em Advocacia e Dogmática Jurídica pela Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL em parceria com a Escola Superior de Advocacia - ESA (2002). Atualmente é advogada e pós-graduada em Direito Registral e Notarial pela Faculdade Damásio Educacional.

Michel Milistetd, Universidade Federal de Santa Catarina

Professor Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Coordenador do Núcleo de Pesquisa em Pedagogia do Esporte (NUPPE-UFSC). Possui graduação em Educação Física pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2004), Mestrado em Ciências do Desporto pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (2007) e Doutorado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Catarina (2015). Formação como Coach Developer pelo International Council for Coaching Excellence/Nippon Sports Sciences University (ICCE/NSSU).

Referências

Barter, C., & Renold, E. (1999). The use of vignettes in qualitative research. Social research update, 25(9), 1-6.

Blodgett, A. T., Schinke, R. J., Smith, B., Peltier, D., & Pheasant, C. (2011). In indigenous words: Exploring vignettes as a narrative strategy for presenting the research voices of Aboriginal community members. Qualitative inquiry, 17(6), 522-533.

Brasil, V. Z., Ramos, V., Barros, T. E. d. S. d., Godtsfriedt, J., & Nascimento, J. V. d. (2015). A trajetória de vida do treinador esportivo: as situações de aprendizagem em contexto informal. Movimento, 21(3).

Brasil, V. Z., Ramos, V., Kuhn, F., Souza, J. R. d., & Nascimento, J. V. d. (2017). Os conhecimentos de base para intervenção pedagógica do treinador de surf. Revista Brasileira de Educação Fí­sica e Esporte, 31(4), 807-817.

Brasil, V. Z., Ramos, V., Milistetd, M., Culver, D. M., & Nascimento, J. V. d. (2018). The learning pathways of Brazilian surf coach developers. International Journal of Sports Science & Coaching, 13(3), 349-361.

Brasil, V. Z., Ramos, V., Souza, J. R. d., Barros, T. E. d. S. d., & Nascimento, J. V. d. (2016). As ações pedagógicas para a intervenção do treinador de surf. Movimento, 22(2), 403-416.

Callary, B., Werthner, P., & Trudel, P. (2012). How meaningful episodic experiences influence the process of becoming an experienced coach. Qualitative Research in Sport, Exercise and Health, 4(3), 420-438. doi: https://10.1080/2159676X.2012.712985

Confederação Brasileira de Canoagem. (2019). História. Retrieved from http://www.canoagem.org.br/pagina/index/nome/historia/id/153

Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada. (2016). Sobre a CBME. Retrieved from http://www.cbme.org.br/novo/sobre-a-cbme/

Confederação Brasileira de Surf. (1998). Estatuto da Confederação Brasileira de Surf CBSURF. Retrieved from http://www.cbsurf.com.br

Confederação Brasileira de Va’a. (2017). Estatuto da associação da comissão brasileira de va'a. Retrieved from http://www.cbvaa.com.br/e107_plugins/download/download.php?action=list&id=2

Collins, L., & Collins, D. (2012). Conceptualizingtheadventure-sportscoach. Journalof Adventure Education & Outdoor Learning, 12(1), 81-93.

Cí´té, J. (1999). The influence of the family in the development of talent in sport. The Sport Psychologist, 13(4), 395-417.

Creswell, J. W. (2013). Data analysis and representation. In Sage (Ed.), Qualitative inquiry & research design: choosing among five approaches (3 ed., pp. 117-135). Thousand Oaks.

Creswell, J. W.,& Poth, C. N. (2016). Qualitative inquiry and research design: Choosing among five approaches. Sage publications.

Duarte, T., & Culver, D. M. (2014). Becoming a coach in developmental adaptive sailing: A lifelong learning perspective. Journal of applied sport psychology, 26(4), 441-456. doi: https://10.1080/10413200.2014.920935

Ellmer, E.,Rynne, S., & Enright, E. (2019). Learning in action sports: A scoping review. European Physical Education Review, 1–21. doi: https://10.1177/1356336X19851535

Figueiredo, J. d. P. (2012). Atividades de aventura e formação profissional: aspectos acadêmicos e de mercado de trabalho. In UFPel (Ed.), Esporte e turismo: parceiros da sustentabilidade nas atividades de aventura (pp. 115-128). Pelotas.

Finch, J. (1987). The vignette technique in survey research. Sociology, 21(1), 105-114.

Funollet, F. (1995). Propuesta de clasificación de las actividades deportivas en el medio natural. Apunts: Educación fí­sica y deportes, 41, 124-129.

Gilbert, W.,& Cí´té, J. (2013). Defining coaching effectiveness: a focus on coaches’ knowledge. In W. Gilbert (Ed.), Handbook of sports coaching (pp. 147-159). London: Routledge.

He, C., Trudel, P., &Culver, D. M. (2018). Actualand ideal sources of coaching knowledge of elite Chinese coaches. International Journal of Sports Science & Coaching, 13(4), 496-507.

Hettlage, R., & Steinlin, M. (2006). The critical incident technique in knowledge management-related contexts. Retrieved from https://blogs.glowscotland.org.uk/wl/public/SusanAnderson/uploads/sites/1137/2011/11/CriticalIncidentTechnique_in_KM.pdf

Hughes, R. (1998). Considering the vignette technique and its application to a study of drug injecting and HIV risk and safer behaviour. Sociology of Health & Illness, 20(3), 381-400.

International Council for Coaching Excellence. (2012). International sport coaching framework [1.1] (pp. 40). Retrieved from https://www.trainer-im-leistungssport.de/sites/default/files/iscf2012.pdf

Jacobs, F., Knoppers, A., Diekstra, R., &Sklad, M. (2015). Developing a coach education course: A bottom-up approach. International Sport Coaching Journal, 2(2), 178-186.

Jarvis, P. (2006). Towards a comprehensive theory of human learning (Vol. 1). Routledge.

Kavanagh, E. (2012). Affirmation Through disability: one athlete’s personal journey to the London Paralympic Games. Perspectives in publichealth, 132(2), 68-74.

Milistetd, M. (2015). A aprendizagem profissional de treinadores esportivos: análise das estratégias de formação inicial em Educação Fí­sica. (doctoral dissertation). Retrieved from https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/133094/333247.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Paixão, J. A. d. (2010). Esporte de aventura: processo instrucional e situações de risco. Retrieved from https://www.researchgate.net/profile/Jairo_Paixao/publication/46391925_Esporte_de_aventura_processo_instrucional_e_situacoes_de_risco/links/0deec53c7acfec4618000000.pdf

Paquette, K. J.,Hussain, A., Trudel, P., & Camiré, M. (2014). A sport federation’s attemptt or estructure a coach education program using constructivist principles. International Sport Coaching Journal, 1(2), 75-85.

Ramos, V., Brasil, V. Z., Barros, T. E. d. S. d., Goda, C., &Godtsfriedt, J. (2014). Trajetória de vida de treinadores de surfe: análise dos significados de prática pessoal e profissional. Pensar a Prática, 17(3), 815-834.

Ramos, V., Brasil, V. Z.,& Goda, C. (2013). O conhecimento pedagógico para o ensino do surf. Journal of Physical Education, 24(3), 381-392.

Schinke, R. J., Blodgett, A. T., McGannon, K. R., & Ge, Y. (2016). Findingone's footing on foreigns oil: A composite vignette of elite athlete acculturation. Psychology of Sport and Exercise, 25, 36-43.

Spalding, N. J.,& Phillips, T. (2007). Exploring the use of vignettes: From validity to trust worthiness. Qualitative health research, 17(7), 954-962. doi: https://10.1177/1049732307306187

Thorpe, H., & Wheaton, B. (2011). ‘Generation X Games’, action sports and the Olympic movement: Understandingthe cultural politicsofincorporation. Sociology, 45(5), 830-847.

Tozetto, A. V. B., Galatti, L. R., Scaglia, A. J., Duarte, T., & Milistetd, M. (2017). Football coaches’ development in Brazil: a focus on the content of learning. Motriz, 23(3), 1-9. doi: https://10.1590/S1980-6574201700030017

Werthner, P., & Trudel, P. (2009). Investigating the idiosyncratic learning paths of elite Canadian coaches. International Journal of Sports Science & Coaching, 4(3), 433-449.

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)