Inclusão escolar de alunos com deficiência: interface com os conteúdos da Educação Física
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Nas últimas décadas, a Educação Física brasileira foi redefinida em seus objetivos, finalidades, conteúdos e atuações no cenário escolar, ao mesmo tempo no qual passou a incorporar os ideais inclusivos estabelecidos socialmente. Dessa forma, o objetivo desse estudo foi analisar o processo de inclusão de alunos com deficiência na Educação Física Escolar no contexto brasileiro, perante seus principais conteúdos, conforme estabelecido pelo movimento renovador da área – Dança, Esporte, Ginástica, Jogo e Luta. Para isso, foi realizada uma pesquisa qualitativa, composta por um estudo de caso, no qual as aulas de Educação Física de uma turma do 2 ° ano do ensino fundamental I, que possuiu dois alunos com deficiência, foram observadas durante 1 ano letivo, com análise de dados por categorização. Foi verificada uma predominãncia de aspectos positivos í inclusão (maioria de participações ativas e interações positivas entre todos nas aulas), mas entremeados por outros negativos (superioridade de aulas dos conteúdos de Jogo e Esporte sobre os demais, e interações negativas em atividades de caráter competitivo e técnico). Concluindo, tem ocorrido uma construção positiva em direção í Educação Física inclusiva, mas que ainda necessita de maior capacitação docente para explorar os diversos conteúdos desta área durante as aulas, associando-os í s práticas de inclusão.
Downloads
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##
La cesión de derechos no exclusivos implica también la autorización por parte de los autores para que el trabajo sea alojado en los repositorios institucionales UNLP (Sedici y Memoria Académica) y difundido a través de las bases de datos que los editores consideren apropiadas para su indización, con miras a incrementar la visibilidad de la revista y sus autores.
Referências
Abe, P.B., & Araújo, R.C.T. (2010). A participação escolar de alunos com deficiência na percepção de seus professores. Revista Brasileira de Educação Especial, 16(2), 283-296.
Ainscow, M. (2009). O que significa inclusão? Entrevista. Centro de Referencia em Educação Mario Covas / SEE-SP. Recuperado em 13 de fevereiro, 2017. Recuperado de: http://www.crmariocovas.sp.gov.br/ees_a.php?t=002.
Alves, M. L. T., & Duarte, E. (2014). A percepção dos alunos com deficiência sobre a sua inclusão nas aulas de Educação Física escolar: um estudo de caso. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, 28(2), 329-38.
Ayoub, E. (2003). A Ginástica Geral e Educação Física Escolar. Campinas, Brasil: UNICAMP.
Barreto, D. (2004). Dança, ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas, Brasil: Autores Associados.
Bracht, V. (1992). Aprendizagem social e Educação Física. Porto Alegre: Magister.
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. (1988). Brasília. Recuperado em 14 janeiro, 2017, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm.
Declaração de Salamanca. Sobre Princípios, Politicas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais. (1994). Brasília. Recuperado em 12 janeiro, 2017, de
Lei n ° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. (1996). Brasília. Recuperado em 14 de Janeiro, 2017, de portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf.
Parí¢metros curriculares nacionais: Educação física. (1998). Brasília. Recuperado em 14 de janeiro, 2017, de portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/fisica.pdf.
Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. (2000). Brasília. Recuperado em 18 de Janeiro, 2017, de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10098.htm.
Lei n ° 10.172, de 9 de janeiro de 2001. (2001a). Brasília. Recuperado em 14 de Fevereiro, 2017, de www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm.
Lei n ° 10.328, de 12 de dezembro de 2001. (2001b). Brasília. Recuperado em 18 de Janeiro, 2017, de www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10328.htm.
Lei n º 13.005, de 25 de junho de 2014. (2014). Brasília. Recuperado em 14 de janeiro, 2017, de www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm.
Carvalho, A. O., Darido, S. C., & Impolcetto, F. M. (2015). Análise do conteúdo de ginástica nos currículos estaduais brasileiros. Arquivos em Movimento, 11(1), 54-73.
Carvalho, C. L., & Araújo, P. F. (2015). Esporte: um conteúdo excludente ou inclusivo na educação física escolar? Conexões, 13(4), 100-118.
Castellani Filho, L. (1991). Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2.ed.. Campinas, Brasil: Papirus.
Chicon, J. F. (2008). Inclusão e exclusão no contexto da educação física escolar. Movimento, 14(1), 13-38.
Coletivo de Autores. (1992). Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo, Brasil: Cortez.
Correia, W. R., & Franchini, E. (2010). Produção acadêmica em lutas, artes marciais e esportes de combate. Motriz, 16(1), 01-09.
Falkenbach, A. P. (2010). Inclusão: perspectivas para as áreas da educação física, saúde e educação. Jundiaí, Brasil: Fontoura.
Fiorini, M. L. S. (2011). Concepção do professor de educação física sobre a inclusão do aluno com deficiência. (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual Paulista, Marília, SP, Brasil.
Gil, J. P.A., Scheeren, C., Lemos, H. D. D., & Ferreira, S. M. (2002). O significado do jogo e do brinquedo no processo inclusivo: conhecendo novas metodologias no cotidiano escolar. Revista Educação Especial, 1(20), 75-88.
Glat, R., & Pletsch, M. D. (2010). O papel da Universidade no contexto da política de Educação Inclusiva: reflexões sobre a formação de recursos humanos e a produção de conhecimento. Revista Educação Especial, 23(38), 345-356.
Góis Junior, E. (2013). Ginástica, higiene e eugenia no projeto de nação brasileira: Rio de Janeiro, século XIX e início do século XX. Movimento, 19(1), 139-159.
Gomes, M. P. (2008). Procedimentos pedagógicos para o ensino de Lutas: contextos e possibilidades. (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
Gorgatti, M. G. (2005). Educação física escolar e inclusão: uma análise a partir do desenvolvimento motor e social de adolescentes com deficiência visual e das atitudes dos professores. (Tese de Doutorado). Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
Gorgatti, M., & Rose Junior, R. (2009). Percepções dos Professores Quanto í Inclusão de Alunos com Deficiência em Aulas de Educação Física. Movimento, 15(02), 119-140.
Jannuzzi, G. M. (1992). A luta pela Educação do Deficiente Mental no Brasil. Campinas, Brasil: Autores Associados.
Kassar, M. C. M. (2011). Percursos de uma política brasileira de Educação Especial. Revista Brasileira de Educação Especial, 17(1), 41-58.
Linhares, M. A. (2009). Militares e educadores na Associação Brasileira de Educação: circulação de interesses em torno de um projeto para a educação física nacional (1933-1935). Educar em Revista, 33(1), 75-91.
Ludke, M., & André, M. E. D. A. (1986). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo, Brasil: EPU.
Manzini, E. J. (2002). Participação em aulas de educação física: o que alunos com deficiência visual e física relatam. Coleção prata da casa, V. esp. (1), 81-85.
Matos, J. M. C., Schneider, O., Mello, A. S., Ferreira Neto, A., & Santos, W. (2013). A produção acadêmica sobre conteúdos de ensino na educação física escolar. Movimento, 19(02), 123-148.
Mayeda, S., & Araújo, P. F. (2004). Uma proposta de ginástica geral para deficientes físicos. Movimento & Percepção, 4(4/5), 55-73.
Mazzarino, Jane Márcia, Falkenbach, Atos, & Rissi, Simone. (2011). Acessibilidade e inclusão de uma aluna com deficiência visual na escola e na educação física. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 33(1), 87-102. Recuperado em 14 de janeiro, 2017, de https://dx.doi.org/10.1590/S0101-32892011000100006
Meireles-Coelho, C., Izquierdo, T., & Santos, C. (2007, abril). Educação para todos e sucesso de cada um: do Relatório Warnock í Declaração de Salamanca. Actas do IX Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Funchal, Ilha da Madeira, Portugal, 12.
ONU. Resolução n ° 217, de 10 de dezembro de 1948. (1948). Recuperado em 13 de fevereiro, 2017, de http://app;crea-rj.org.br/poralcreav2midia/documentos/resolucaoonu217aiii.pdf.
Perrenoud, P., Thurler, M. G., Macedo, L., Machado, N. J., & Allessandrini, C. D. (2007). As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre, Brasil: Artmed.
Rouse, P. (2010). Inclusion on physical education: fitness, motor and social skills for students of all abilities. Champaign: Human Kinetcs
Salerno, M. B. (2009). Interação entre alunos com e sem deficiência na educação física escolar:
validação de instrumento. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 124 p.
Salerno, M. B. (2014). A informação em Educação Física e o trabalho com a pessoa com deficiência: percepção discente. (Tese de Doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
Seabra Júnior, L. (2006). Inclusão, necessidades especiais e Educação Física: considerações sobre a ação pedagógica no ambiente escolar. (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
Silva, O. M. da. (1987). A pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de hoje. São Paulo, Brasil: CEDAS.
Silva, R. F., Seabra Junior, L., & Araújo, P. F. (2008). Educação física adaptada no Brasil: da historia í inclusão educacional. São Paulo, Brasil: Phorte.
Soler, R. (2005). Educação Física Inclusiva: em busca de uma escola plural. Rio de Janeiro, Brasil: Sprint.
Souza Júnior, M., Barboza, R. G., Lorenzini, A. R., Guimarães, G., Sayone, H., Ferreira, R. C., Pereira, E. L., França, D., Tavares, M., Lindoso, R. C., & Sousa, F. C. (2011). Coletivo de Autores: a cultura corporal em questão. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Florianópolis, 33(2), 391-411.
Paes, R. R., & Balbino, H. F. (2005). Pedagogia do esporte: contextos e perspectivas. Rio de Janeiro, Brasil: Guanabara Koogan.
Winnick, J. P. (2004). Educação física e esportes adaptados. Barueri, Brasil: Manole.