Jogo e lúdico no conteúdo lutas em aulas de educação fí­sica escolar

Contenido principal del artículo

Marcos Roberto So
Rogério de Melo Grillo
Mauro Betti
Elaine Prodócimo

Resumen

O trato pedagógico do conteúdo “lutas” ainda provoca dificuldades e tensões entre professores e alunos. Cabe questionar: quais as relações de sentido, mobilização e atividade dos alunos com os jogos de lutas? O objetivo do presente trabalho é discutir a influência de jogos nas relações de sentido e mobilização no conteúdo lutas na perspectiva dos estudantes. Trata-se de um estudo de caso com uma turma de 7 º ano do Ensino Fundamental. Os procedimentos metodológicos foram: (a) observação de aulas do conteúdo “Judô”; (b) entrevistas semiestruturadas com estudantes, antes e após a sequência de aulas. Na observação das aulas, verificou-se que a professora utilizou jogos de lutas, que se mostraram adequadas para minimizar sentimentos de medo, ansiedade e estresse relacionados ao machucar-se na realização da luta. Ademais, a diversão e a ludicidade proporcionada pelos jogos promoveram uma dissociação da luta com a violência e a briga. A imersão e o arrebatamento dos alunos nos jogos de lutas possibilitaram a suspensão de impressões iniciais (luta machuca, é violenta, etc.) estereotipadas em relação í s lutas, sobrepujando-os para o mundo de fantasias do jogo. Nesse sentido, os jogos de luta mostram-se essencial para o trabalho pedagógico do conteúdo lutas, sobretudo ao mobilizar a participação de alunos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Detalles del artículo

Cómo citar
So, M. R., de Melo Grillo, R., Betti, M., & Prodócimo, E. (2020). Jogo e lúdico no conteúdo lutas em aulas de educação fí­sica escolar. Educación Física Y Ciencia, 22(2), e125. https://doi.org/10.24215/23142561e125
Sección
Artículos
Biografía del autor/a

Marcos Roberto So, IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho

Professor dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física do IFSULDEMINAS – Câmpus Muzambinho. Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual Paulista (UNESP, Presidente Prudente-SP). Licenciado e bacharel em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista (UNESP, Bauru-SP). Atualmente é estudante de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Integrante dos Grupo de Estudos em Educação Física EscolaR (Unicamp/CNPq) e participante do Grupo de Pesquisa Margem (Unicamp/CNPq). Desenvolve trabalhos de investigação na área de Educação Física escolar, com ênfase nos seguintes temas: lutas, relação com o saber, alunos, ensino médio. 

Rogério de Melo Grillo, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Doutor em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP (2014). Possui Mestrado em Educação pela Universidade São Francisco (2012), campus Itatiba/SP. Licenciatura Plena em Educação Física (2005) e Especialização em Educação Física Escolar (2007) pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais/SP. Graduação em Pedagogia pela FACEL (PR). É professor efetivo na Prefeitura Municipal de Passos/MG, ministrando aulas de Educação Física e Xadrez (afastado LIP). Atualmente é Assessor de Educação Física na Editora Positivo (Curitiba, PR). É também pesquisador na UNICAMP, sendo membro do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Física Escolar (EscolaR - UNICAMP) e membro do Centro de Estudo sobre Ludicidade e Lazer (CELULA - UFC).

Mauro Betti, Universidade Estadual de Paulista (UNESP)

Possui graduação em Licenciatura e Mestrado em Educação Física pela USP, Doutorado em Educação pela UNICAMP, Livre-Docência pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e Pós-Doutorado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Foi Professor Adjunto do Departamento de Educação Física da Faculdade de Ciências da UNESP, campus de Bauru, e docente no Programa de Pós-Graduação em Educação (mestrado e doutorado) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP de Presidente Prudente. Atua na área de Educação Física, nos seguintes temas: Educação Física escolar,concepções teórico-metodológicas no ensino da Educação Física, inovação curricular, mídias, saberes da Educação Física, experiências formativo-educacionais no esporte e metodologia das pesquisas qualitativas.

Elaine Prodócimo, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Possui mestrado em Educação Especial (Educação do Indivíduo Especial) pela Universidade Federal de São Carlos (1994) e doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (2002). Atualmente é livre docente da Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Física Escolar, atuando principalmente nos seguintes temas: educação física escolar, escola, violência, educação infantil e jogo.

Citas

Alves-Mazzotti, A. J (1999). O método nas ciências sociais. In J. A. Alves-Mazzotti,& F. Gewandsznajder (Eds). O método nas ciências naturais e sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. (2. ed, pp. 107-188). São Paulo: Pioneira.

Antunes, A. R. (2016). Mobilização, sentido(s) e aprendizagem em aulas de educação fí­sica no ensino médio: uma investigação sob as perspectivas da semiótica e da teoria da auto-organização (Tese de Doutorado). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, Brasil. Disponí­vel em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/146729

Beillerot, J (1989). Rapport au savoirí¢: origines et extension de la notion. In J. Beillerot et al (Eds). Savoir et rapport au savoir: elaborations théoriques et cliniques (pp. 165-202). Bégédis: Éditions Universitaires.

Betti, M. (1994). O que a semiótica inspira ao ensino da Educação Fí­sica. Discorpo, 3(1), 25-45. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/281407725_O_que_a_semiotica_inspira_ao_ensino_da_educacao_fisica

Betti, M., Maffei, W.S., So, M.R., & Ushinohama, T.Z. (2015). Os saberes da educação fí­sica na perspectiva de alunos do ensino fundamental: o que aprendem e o que gostariam de aprender. Revista Brasileira de Educação Fí­sica Escolar, 1(1), 155 – 165.

Buytendijk, F. J.J (1936). El juego y su significado. Madrid: Revista de Occidente.

Buytendijk, F. J. J. (1974). O jogo humano. In H. G. Gadamer & P. Vogler (Ed). Nova antropologia (pp. 63-87). São Paulo: EPU/Edusp.

Charlot, B. (2000). Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: Artmed.

Charlot, B. (2001). Os jovens e o saber. perspectivas mundiais. Porto Alegre: Artmed.

Emerique, P. S. (2004). Aprender e ensinar por meio lúdico. In G.M. Schwartz (Ed). Diní¢mica lúdica: Novos olhares (pp. 3-17). Baureri/SP: Manole.

Fink, E. (1966). Le jeu comme symbole du monde. Paris: Les editions de minuit.

Freire, P. (33 Ed.). (2006). Pedagogia da autonomia: saberes necessários í prática educativa. 33 ª ed. São Paulo: Paz e Terra.

Gadamer, H. (3 ª Ed) (1997) Verdade e método: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. 3 ª Ed. Petrópolis-RJ: Vozes.

Grillo, R. M. (2018). Mediação Semiótica e Jogo na perspectiva Histórico-Cultural em Educação Fí­sica escolar (Tese de doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação Fí­sica, Campinas, Brasil. Disponí­vel em http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/332964

Henriot, J. (1989). Sous couleur de jouers: La metaphore ludique. Paris: Ed. José Corti.

Huizinga, J. (1996) Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva.

Luckesi, C. (2014). Ludicidade e formação do educador. Revista Entreideias, 3(2), 13-23. doi: http://dx.doi.org/10.9771/2317-1219rf.v3i2.9168

Mosconi, N. (1989). La mixité dans l’enseignement secondaire: un faux-semblant?. Paris: PUF.

Nascimento, P. R. B. do & Almeida, L. (2007). A tematização das lutas na Educação Fí­sica escolar: restrições e possibilidades. Revista Movimento, 13(3), 91-110. doi: https://doi.org/10.22456/1982-8918.3567

Olivier, J. C. (2000). Das brigas aos jogos com regras: enfrentando a indisciplina na escola. Porto Alegre: Artmed.

Paes, R.R. (2010). Desenvolvimento das aulas de lutas: da compreensão teórica aos procedimentos práticos. In M. Breda et al (Eds). Pedagogia do esporte aplicada í s lutas (pp.49-70) São Paulo: Phorte.

Parlebas, P. (1990). Activités physiques et éducation motrice, Paris: EPS.

São Paulo (Estado), Secretaria da Educação. (2008). Proposta curricular do estado de São Paulo: educação fí­sica – ensino fundamental ciclo II e ensino médio. São Paulo: SEE.

Scheines, G. (1998). Juegos inocentes, juegos terribles. Buenos Aires: Eudeba.

Artículos más leídos del mismo autor/a